Incêndio e Organização Digital
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Algumas semanas atrás fiz um post no Instagram perguntando que objeto as pessoas salvariam se a casa delas sofresse um incêndio.
Aproveita e pensa aí também qual seria a sua resposta...
Eu não sei qual foi a sua, mas, a julgar pelas respostas nesse post, provavelmente teve a ver com documentos e fotografias. Eu entendo, são coisas importantes, memórias e obrigações burocráticas. Mas me fez refletir como que, com tanta evolução tecnológica, papéis ainda sejam as coisas que a gente quer salvar em uma situação de emergência.
Antes que você pergunte, a minha resposta (antes de publicar a pergunta nas redes sociais, diga-se de passagem) teria sido o meu notebook. E te confesso que me senti mal com isso, porque só dei essa resposta porque não faço backup dos meus documentos, arquivos e informações na "nuvem" com a frequência que gostaria.
Isso me fez perceber que precisamos falar mais sobre organização digital. Essa preocupação não precisa estar na nossa mente. Em um incêndio, objetos (e principalmente papeis) deveriam ser a última coisa que passa pela nossa cabeça.
O que fazer então? Digitalizar fotografias (as que já não forem digitais, obviamente) e documentos importantes. O velho e bom scanner, ou mesmo o seu celular. Hoje as câmeras tiram fotos com qualidade excelente e alguns aplicativos já capturam em um formato parecido com o do scanner.
Só que digitalizar não é o suficiente para garantir a segurança e o resgate fácil da informação.
Para isso, você precisa armazenar em um local seguro, com backup. Backup é o dado em duplicidade em outro local de armazenamento. É uma cópia de segurança para o caso de você perder o original. Na tecnologia existe uma máxima sobre backups que vale ressaltar: "quem tem dois, tem um, quem tem um, não tem nenhum". Ou seja, tenha pelo menos dois backups para garantir a recuperação da informação. E, por favor, não esqueça lá sem atualizar pro resto da vida, combinado? De vez em quando, garante que tá tudo direitinho e atualizado.
Uma opção que existe atualmente é a "nuvem", que são serviços de hospedagem de informação que garantem a recuperação pois espalha seus dados em vários computadores em locais diferentes na internet (eu tô falando de dropbox e google drive, por exemplo). Assim, se algum deles some, você ainda tem vários outros. A responsabilidade fica com quem está provendo o serviço, claro. Eles cobram por isso dependendo do volume de dados a ser armazenado.
Mas, já que a gente tá falando de segurança, é bom pensar em privacidade, né? Não sei se você tem acompanhado, mas os nossos dados são tão preciosos quanto petróleo ultimamente. As empresas usam isso para avaliar nossos perfis e vender para empresas de marketing e venda, por exemplo. Isso pra não entrar em polêmicas como a de que o uso de dados interferiu nas eleições americanas (sugiro o documentário Privacidade Hackeada no Netflix).
Para resolver essa questão dos dados, ou você não coloca na internet (usa HDs externos e espalha eles em lugares diferentes, senão se pega fogo na sua casa e estão todos lá, não vai adiantar), ou você investe em criptografia (programas que codificam e decodificam os seus dados, para que só você, que tem a chave, consiga acessar).
Achou complexo demais e prefere manter tudo em casa mesmo e assumir o risco? Você não precisa fazer isso sozinho, existem profissionais que podem ajudar com essa transformação digital. Mas, claro, a escolha é sua. O objetivo aqui é te colocar para pensar sobre o assunto e te dizer que existem opções e que a tecnologia pode ser usada para te ajudar.
Me conta aí, como anda a segurança das suas informações?
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