Eu não consigo desacelerar!

Aprendemos e fomos sufocados com a pressão de que deveríamos correr contra o tempo, fazer o máximo possível, aproveitar cada segundo. A tecnologia foi evoluindo e a gente não podia ficar pra trás, tinha que acompanhar e seguir evoluindo junto.

E a gente foi aceitando isso sem questionar, seguindo o ritmo do mundo, se acostumando a essa vida corrida e sofrendo suas consequências. Só que a gente não aguenta na verdade, a mente reclama, o corpo pede calma, ficamos irritados e ansiosos.

E tem jeito? Claro, mais enxurrada de opiniões do mundo sobre a gente precisar desacelerar, respirar, acalmar a mente, ficar presente. Mais pressão pra uma vida equilibrada quando a gente nem sabe pra onde está indo mesmo essa vida.

Eu me sentia assim...incapaz, extraterrestre, por não conseguir ficar zen, sem pensamentos na mente, vivendo só o presente o tempo todo. E comecei a me perguntar o que mesmo que eu queria fazer e o que eu precisava. Qual o meu ritmo? Eu preciso desacelerar?

Eu precisava sim desacelerar, mas mais do que isso, eu precisava reconhecer e respeitar o meu tempo. Perceber que eu posso ir mais devagar mas não preciso necessariamente parar completamente. Que eu não tenho que não me preocupar ou ter a mente inundada por pensamentos, eu só preciso ter um sistema para lidar com essas coisas quando surgirem para que eu não fique estressada, que é o extremo da aceleração.

Os extremos aliás costumam ser traiçoeiros...e cada um precisa encontrar o seu caminho entre eles, o seu ponto ideal. E pra fazer isso a gente precisa experimentar. Ultrapassar, recuar, observar e aprender. Sobre si mesmo, sobre o mundo, sobre o tempo.

Se você agora sente dificuldade de desacelerar, comece perguntando se você precisa desacelerar e pra que. E então vá experimentando jeitos diferentes de encarar a rotina e suas atividades, pensamentos e sentimentos.

Se comprometa consigo mesmo, comece de dentro e então busque o que te faz bem. Se precisar de ajuda me chama!