Você precisa de limites
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Você, eu e todo mundo. Não estou falando de regras e proibições, estou falando de prazos e de métricas. Limites podem ser barreiras, mas também podem ser estímulo. Afinal, é com a gente mesmo que devemos competir para crescer e, só conhecendo nossos limites, isso será possível.
Pronto. A primeira parte é reconhecer nossos limites (olha o Autoconhecimento aí outra vez): Até onde podemos ir? Qual o nosso máximo? Quanto tempo levamos para fazer determinada coisa? De quanto precisamos para alcançar determinada meta?
Sabe como a gente descobre? Testando. Experimentando. Ás vezes até ultrapassando o limite de propósito, correndo o risco e até se machucando, pra perceber que foi longe demais.
Usar o limite de maneira ótima é saber o ponto exato onde ele se encontra e, de vez em quando, tentar ultrapassar, pra ver se já evoluímos o suficiente. É, portanto, também não relaxar e não se acomodar diante dele. Tá filosófico demais? Então vamos relacionar com limites físicos e depois dar um exemplo de atividades e produtividade pra tornar mais palpável, ok?
Pensa primeiro nas fronteiras entre os paises. Limite geográfico. Dentro do limite do seu país você conhece as regras e age de acordo, fora dele já não funciona assim, é outro país, outras regras e ultrapassar o limite pode te custar até a vida em algumas regiões do planeta. Saber onde começa e onde termina seu país nesse caso é bem importante né?
Beleza, agora vamos falar de coisa mais simples: tarefas do dia a dia. Vamos supor que você vai ter que fazer uma apresentação no próximo mês. Você precisa saber em que data exatamente será, afinal, esse é o seu limite. Mas você precisa também pensar sobre quanto tempo realmente precisa para elaborar e se preparar e esse tempo não necessariamente é condizente com a data da apresentação. Você pode precisar de menos ou até de mais tempo. Esse é o esforço real.
A questão é que, sem uma data limite, a gente tende a aumentar o tempo de realização das atividades, ultrapassando bastante o que seria o esforço real. Não acredita em mim, acha que eu tô viajando? Talvez ajude saber que existe até uma lei para isso, a Lei de Parkinson:
"O trabalho expande-se de modo há preencher o tempo disponível para sua realização"
Ou seja, Parkinson disse que, quanto mais tempo você tiver para realizar uma determinada tarefa, mais tempo você vai levar para realizá-la de fato. Entendeu a importância de termos limites bem definidos? Eles nos impedem de procrastinar além da conta e podem nos ajudar a realizar mais.
Quanto a encontrar o limite ideal é uma tarefa das mais complicadas. Como gerente de projetos, eu sei bem disso e tenho que pensar nos cronogramas de maneira a minimizar esse efeito. Estimar o esforço mais próximo do real e as vezes até reduzir de propósito para estimular que seja feito pela equipe do projeto em menos tempo e assim garantir o sucesso do projeto.
É uma boa maneira de lidar com as suas atividades. Você precisa começar a se dar limites próximos do esforço real necessário. E se desafiar constantemente a reduzir esse limite ou ultrapassá-lo. É o que eu sempre digo: a produtividade passa por você se conhecer melhor e então otimizar o seu tempo para fazer mais do que realmente importa. Os limites, se bem definidos, vão ser uma boa régua para medir isso. Se dê prazos menores e otimize o seu tempo.
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